domingo, 10 de agosto de 2014

Celular no banheiro pode causar hemorroidas

Parece piada, mas não é: o hábito de usar o celular ou ler enquanto evacua pode antecipar as hemorroidas em quem já tem predisposição a ter. O motivo? Depois de fazer cocô, muita gente permanece sentada na mesma posição enquanto termina uma leitura e isso faz uma pressão e um esforço desnecessários, o que dilata as veias do ânus e pode causar o que se muita gente tem e morre de vergonha de contar: as temidas hemorroidas. A recomendação, portanto, é "acabou, levanta".

Fazer hora no banheiro é coisa antiga, da época dos livros e gibis impressos. Mas a situação piorou bastante com a proliferação dos tablets e smartphones. “Tenho pacientes que mantêm tablets antigos no banheiro, especificamente para isso”, reprova o proctologista Fernando Valério. 

O médico explica que evacuar é um ato mais complexo do que se imagina. “Quando se evacua, o corpo estabelece que haverá um relaxamento da região anal. Quando há um relaxamento por muito tempo, o canal fica totalmente preenchido pelas veias da região anal, e isso acaba doendo, sangrando ou pode dar prolapso nas veias (quando elas saem para fora do ânus)”, alerta. Segundo ele, os casos de hemorroidas em seu consultório aumentaram depois de os smartphones se tornarem populares.

Como o banheiro é mesmo um refúgio – muitas vezes o único local em que ninguém é incomodado –, o proctologista Felipe Santos Gomes, do Hospital Balbino, no Rio de Janeiro, sugere uma alternativa.  “Se a pessoa quiser continuar a leitura ou a atividade no celular, que faça sua higiene, feche a tampa do vaso sanitário, sente em cima dela e fique o tempo que quiser, pois assim seria como se estivesse sentado em uma cadeira normal.”

De pai pra filho

O hábito de ler no banheiro é uma mania que começa na infância. Crianças com intestino mais preso ou lento são incentivadas a ler como forma de distração enquanto tentam evacuar, como uma espécie de incentivo para a ida ao banheiro se tornar mais prazerosa. Quando crescem, acabam mantendo o hábito e, se tiverem propensão genética a terem hemorroidas, elas aparecerão bem antes do tempo pré-determinado lá nos genes.

Embora ainda seja um tabu, as hemorroidas são perfeitamente tratáveis, seja com mudança de estilo de vida – hábitos alimentares saudáveis para quem tem um grau leve do problema – ou até cirurgia. O indicado é deixar a vergonha de lado e procurar um médico logo no início dos primeiros sintomas. 



domingo, 3 de agosto de 2014

Riscos para os tratamentos capilares em casa.

Sabemos que muitas mulheres se arriscam a pintar o cabelo, descolorir, fazer hidratação ou mesmo reconstrução capilar em casa. No entanto, há algumas coisas que você precisa saber antes de se aventurar a entrar para esse time de coragem. 

Em primeiro lugar, precisamos explicar a composição do fio de cabelo. Ele é um equilíbrio entre água (hidratação), lipídeos ou gorduras (emoliência) e proteínas (queratina). Ao hidratar o cabelo, na realidade, você está repondo os lipídeos que formam a estrutura externa dos fios e permitem que não haja perda de água para o exterior, o que tornaria os cabelos opacos e quebradiços. Portanto, não há maiores riscos de realizar a hidratação em casa. É claro que um profissional pode contribuir muito, ao indicar a frequência com que deve fazê-la, bem como um produto adequado para o seu tipo de cabelo. Deve-se salientar também que isso não deve substituir a hidratação feita no salão, pois os produtos de uso profissional são mais potentes e possuem tecnologias diferenciadas, além de existir a possibilidade de aplicar uma fonte de calor, que promove a abertura das cutículas, com maior penetração dos princípios ativos na estrutura do cabelo. O uso de bons produtos e de uma toalha quente ou uma touca térmica tornam a hidratação caseira mais efetiva. 

É possível fazer em casa também a reconstrução capilar, mas deve-se ter um cuidado pouco maior do que com a hidratação. A queratina é o que dá dureza aos fios e o excesso de queratina pode torná-los extremamente rígidos, inclusive com quebra significativa. É importante, portanto, buscar sempre um equilíbrio entre queratina e emoliência. Na dúvida, deixar para realizar esse tipo de procedimento no salão: o especialista vai poder dizer se é hora de hidratar ou de reconstruir. 

Sabemos que grande parte das mulheres tinge o cabelo sozinha em casa ou com a ajuda de uma amiga. A escolha da cor é um dos maiores problemas enfrentados por este grupo de pessoas. Um colorista tem uma formação específica para poder orientar a pessoa a respeito do melhor tom de cada cor, pois ele vê aspectos como cor da pele, das sobrancelhas, cor dos olhos e tendências. Uma vez que esse problema seja resolvido, o novo desafio de colorir em casa é escolher a mesma cor que você já está usando e, de preferência, um bom produto de boa procedência. É fundamental fazer a mistura das proporções corretas do oxidante, nas especificações determinadas pelo fabricante. Uma invenção neste momento pode levar a resultados desastrosos. 

Descolorir parece mais simples, mas, na realidade, é o procedimento que mais pode estragar o seus cabelos. Existe um teste de elasticidade, que o profissional realiza no salão, quando faz descoloração nos seus fios. É a partir daí e também da cor atingida que ele sabe que está na hora de interromper o processo. A alcalinidade excessiva envolvida neste processo pode dissolver os fios, causando grandes estragos. Quem não tem experiência pode ter sérios problemas com isso. Outro risco grande é tentar tonalizar o cabelo descolorido: quando ele está muito poroso, perde proteínas, e ocorre distorção dos pigmentos no interior do fio, levando a cabelos com cores indesejáveis, como o verde e o alaranjado, por exemplo. É desnecessário dizer novamente que o produto utilizado para descolorir os cabelos deve ter boa qualidade e procedência.